Comunicação entre profissionais e famílias: erros comuns e como evitar
- Otus Agência Digital
- 12 de jun.
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Na jornada terapêutica de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a comunicação entre profissionais e famílias é um dos pilares fundamentais para o sucesso do tratamento. Quando bem estruturada, ela fortalece vínculos, evita ruídos e favorece decisões mais assertivas, criando um ambiente colaborativo em que todos estão alinhados pelo bem-estar do paciente.
No entanto, a rotina das clínicas e centros terapêuticos costuma ser bastante intensa. Entre atendimentos, burocracias e demandas diversas, manter esse diálogo constante nem sempre é uma tarefa simples. A pressa do dia a dia, a existência de múltiplos canais de comunicação e até o uso excessivo de termos técnicos podem criar barreiras que dificultam a troca de informações e o acompanhamento efetivo do tratamento.
O que costuma dar errado?
Devolutivas esporádicas ou superficiais são um dos maiores problemas. Quando as famílias recebem poucas informações ou dados muito superficiais sobre as sessões, elas ficam desorientadas e têm dificuldades para dar continuidade ao trabalho em casa. Isso prejudica a evolução do paciente e gera inseguranças para todos os envolvidos.
Outro ponto crítico é a falta de centralização das informações. Se as conversas, relatórios e registros ficam espalhados em diferentes aplicativos, e-mails, mensagens de texto e anotações físicas, aumenta muito o risco de desencontros, perdas e esquecimentos. A dispersão dos dados compromete a qualidade do acompanhamento e pode até levar a decisões erradas por falta de contexto completo.
Além disso, o uso de linguagem inacessível, com termos técnicos e difíceis, pode afastar as famílias do processo. É essencial que a comunicação seja clara e adaptada ao entendimento dos responsáveis, para que eles se sintam incluídos e confiantes em relação às ações tomadas.

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